PESCAS | Cresce o mau ambiente no Porto da Graciosa

 



Cresce o mau ambiente entre os profissionais da pesca que trabalham no Porto da Graciosa. 

Uma embarcação de São Miguel, alegadamente em situação ilegal, é também acusada de constantes ameaças.  

A tripulação do “Meu Anjo da Guarda” é constituída por 7 pescadores de Rabo de Peixe que operam na Graciosa há largos meses. Alegadamente, por não terem o sistema de localização a funcionar (MONICAP), foi impedida de sair para o mar pela Policia Marítima.

Em declarações à Antena 1 / RTP Açores, Heitor Penacho defende que existe um sistema de localização alternativo, acrescentando que solicitou, junto da Direção Regional das Pescas, uma autorização provisória para voltar à faina até o MONICAP ser reparado.

O referido pescador, que alertou a comunicação social para esta situação, denuncia que "há dezenas ou centenas de barcos" também com o sistema sem transmitir a localização. 

Sobre a relação com os restantes, o pescador micaelense admite que o problema pode estar no facto da sua embarcação capturar em maior quantidade o "peixe da Graciosa", lembrando que "o peixe é de todos". 

Heitor Penacho queixou-se ainda das condições e por tomarem banho em água fria há quatro dias, porque o cabo elétrico que alimenta o cilindro foi cortado na semana passada. 


"Só há problemas com esta tripulação" 

Para a nova Presidente da Associação de Pescadores Graciosenses, não há qualquer conflito entre os profissionais locais e os das restantes ilhas, lembrando que existem mais embarcações de São Miguel a operar na Graciosa.. 

Fátima Rosa, em funções desde novembro de 2023, esclarece que só há problemas com a tripulação do "Meu Anjo da Guarda", relatando diversas e constantes ameaças à integridade física e à segurança das embarcações. 

"É apenas esta tripulação que, de vez em quando, ameaça afundar as nossas embarcações e de agredir as pessoas, sem qualquer respeito por todas as outras que operam no nosso porto", afirmou. 

Neste sentido, a representante dos pescadores graciosenses apela às entidades competentes que façam cumprir o Regulamento do Porto, concluindo que, se o fizessem, "uma parte dos problemas que existem iam diminuir ou mesmo deixar de existir". 






 

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