A Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa não volta atrás na opção de não aplicar herbicida com glifosato em locais públicos.
Apesar da recente revogação da proibição que vigorava desde 2020 nos Açores, aprovada na Assembleia Regional por proposta do Partido Chega, a autarquia graciosense não utilizará o produto químico considerado tóxico.
A garantia é do Presidente do Executivo, quando questionado pelo vereador do PS, José Ávila, na reunião desta quinta-feira.
António Reis afirmou que é contra a utilização de glifosato, embora reconheça que por vezes é difícil manter as estradas limpas.
O vereador do PSD, Adolfo Vasconcelos, reiterou a posição do executivo, mesmo correndo o risco de ser por vezes criticado sobre a limpeza das estradas.
Recorde-se que a proposta de decreto legislativo regional do Chega, aprovada com os votos dos deputados de PSD, CDS-PP e PPM, contou também com o voto favorável do deputado do IL. Votaram contra o diploma BE, PS e PAN.
O glifosato é um tipo de herbicida não selectivo amplamente utilizado na agricultura para matar as ervas daninhas nos campos. É também o herbicida mais utilizado em todo o mundo e pode ser encontrado em produtos como o conhecido produto químico de largo espectro Roundup.
Alguns especialistas associaram a exposição ao Roundup ao aumento da incidência de uma série de problemas de saúde humana: vários tipos de cancro, problemas reprodutivos, doenças neurológicas como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), perturbações endócrinas, entre outros.
OUTROS ASSUNTOS
Na reunião desta quinta-feira o executivo aprovou uma proposta para aquisição de um terreno no Beco, no valor de 8 mil euros, destinado à ampliação do Cemitério da Luz.
Foram atribuídos 748 euros em subsídios à natalidade, bem como mais 7.925 euros em apoios às coletividades e aprovado um apoio de 250 euros, atribuído à Filarmónica Recreio dos Artistas, face às despesas com um workshop para clarinetes com o professor Pedro Ralo.
Nesta reunião foi ainda constituída a Comissão de Análise para atribuição de Bolsas de Estudo aos alunos do ensino superior, sendo formada por António Reis, João Natal Bettencourt e Maria de Lourdes Santos Costa, como efetivos e Lara Sousa e José Jorge Cunha, como suplentes.
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