O líder parlamentar do PSD/Açores, João Bruto da Costa, afirmou hoje que a proposta do PS para permitir a pesca em zonas de proteção total das Áreas Marinhas Protegidas “viola os superiores interesses” da Região e visa apenas “favorecer dois ou três” armadores.
“Trata-se de uma proposta que visa favorecer dois ou três [armadores]. Não é boa para o setor das Pescas e não é boa para os compromissos assumidos pelos Açores. Portanto, viola os superiores interesses dos Açores”, realçou.
O presidente da bancada social-democrata falava à comunicação social após uma reunião com a equipa de coordenação do Projeto Blue Azores, acompanhado dos deputados Délia Melo, Paulo Gomes e Francisco Gaspar.
Em declarações aos jornalistas, explicou que o encontro serviu “para conhecer o trabalho desenvolvido sobre as Áreas Marinhas Protegidas desde 2019 – período da governação socialista – e perceber as consequências do retrocesso que o próprio Partido Socialista está a tentar trazer a este processo”.
Para João Bruto da Costa, “há uma falta de sentido de Estado do deputado Francisco César e do PS ao darem o dito por não dito, transmitindo uma péssima imagem dos Açores a toda a comunidade internacional”.
“É o superior interesse a nível económico e para o setor das Pescas e do Turismo que estão em causa, devido a uma proposta que visa favorecer apenas dois ou três”, reiterou.
“A proposta do PS é também um retrocesso às conquistas alcançadas e ao trabalho participativo que ocorreu, com mais de 400 contributos e mais de 20 reuniões com pescadores”, disse, lembrando que “dois terços das zonas de proteção total das Áreas Marinhas Protegidas foram propostas pelo próprio setor das Pescas”.
De acordo com o líder parlamentar do PSD/Açores, “fazer uma proposta que revoga essa matéria, só para favorecer dois ou três, revela incoerência e será altamente prejudicial para o futuro, desde logo, das Pescas nos Açores”.
João Bruto da Costa acrescentou que a proposta socialista de criar uma exceção para as artes de salto e vara “é contrária aos compromissos assumidos pelo próprio PS em 2019, partido que aprovou a legislação em 2024 e até aplaudiu quando foram assinados os memorandos relativos a esta matéria”.
João Bruto da Costa sublinhou também que “a arte de salto e vara só não é permitida nas zonas de proteção total, pois nas zonas de proteção alta, ligeira e mínima pode praticar-se”.
Fonte: PSD Açores
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