NAVIO MAZZINI | Museu da Graciosa assinala o 1º centenário do naufrágio




O Museu da Graciosa assinala o 1° centenário do naufrágio do navio Mazzini, neste domingo, 30 de março, com uma palestra às 15h30, pelo orador Pedro Parreira, enquadrando o Mazzini no contexto do rico Património Subaquático dos Açores.

De nacionalidade italiana, o navio naufragou e afundou a 31 de março de 1925, junto ao Calhau Miúdo da ilha Graciosa (os vestígios encontram-se a 33 metros de profundidade e é um dos locais de mergulho na ilha). 

O navio com motor a vapor foi construído em 1913 por encomenda da Companhia Hansa de Vapores Alemães, com funções de cargueiro/graneleiro, nos estaleiros navais da Actien-Gesellschaft Weser na cidade de Bremen, Alemanha; o seu primeiro nome foi Spitzfels SS.

Com capacidade para 5.809 toneladas, o Mazzini tinha 128 metros de comprimento e 17 metros de ; largura, atingindo a velocidade máxima de 11,5 nós.

Foi adquirido em 1916 pelo governo italiano como esforço de guerra durante a Primeira Grande Guerra, sendo rebatizado como Brescia SS e vendido em 1920 à Societá Anonima Cooperativa Di Navegazione Garibaldi com sede em Génova, e rebatizado como Mazzini em homenagem a um dos mais ilustres cidadãos daquela desta cidade - Giuseppe Mazzini (1805-1872) que foi um dos heróis do movimento Risorgimento - pela unificação do Reino de Itália.

Na última viagem o Mazzini tinha saído do porto de Baltimore (EUA) com destino a Argélia. Os 31 tripulantes estavam sob o comando do Capitão Gindo Panozzo.  Transportava cerca de 6.000 toneladas de carvão.

O naufrágio ocorreu a 31 de março de 1925, pelas duas da madrugada, possivelmente devido a um erro nos cálculos de navegação agravado pelo facto de ter ocorrido à noite quando não existia ainda farol na costa norte da Graciosa. A ocorrência veio a apressar o projeto de construção do Farol da Ponta da Barca.

Na noite do naufrágio o mar estava calmo, mas nos dias seguintes foi entrando no navio, comprovando-se ser impossível o seu reboque. Perante a fúria do mar, o Mazzini partiu-se em dois no dia 5 de abril de 1925.












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