FAMÍLIA MAGOADA (VÍDEO) | Doente oncológico "negligenciado no acesso ao direito à saúde"

 



REPORTAGEM VÍDEO RTP AÇORES


Esta é mais uma história na Saúde com várias interrogações.

Uma história feita com pessoas. Com uma família que sofreu e ainda sofre por não ter respostas. 

Começou em julho do ano passado com uma suspeita de doença oncológica e logo nos exames de diagnostico começaram os atrasos - não havia disponibilidade voos nem dos técnicos da Clinica da Praia da Vitória. 

A família optou pelo privado, no continente, onde reside uma das filhas do utente, sendo diagnosticado que a doença já se encontrava em fase terminal. 

No final de outubro de 2024, já com o utente integrado no Sistema Nacional de Saúde e com o início dos tratamentos de quimioterapia, no Hospital de São João, no Porto, a família pediu à Unidade de Saúde da Ilha Graciosa (USIG) o apoio à deslocação de doentes e o complemento ao doente oncológico. 

O USIG pediu um parecer à Direção Regional de Saúde (DRS) que chegou apenas em janeiro de 2025, quando o utente já tinha regressado à Graciosa em cuidados paliativos, esclarecendo que o recurso ao privado e o internamento no Hospital de São João não se enquadram no regulamento do apoio à deslocação de doentes. 

Mais tarde, a família teve conhecimento que outro utente graciosense nas mesmas circunstâncias foi reembolsado por tratamentos efetuados numa unidade privada da Região, com o aval da DRS. 

Por outro lado, também estranham não ter direito ao complemento ao doente oncológico, se até a USIG o paga às grávidas quando se deslocam mais de 3 vezes em 12 meses no período de gestação. 

Infelizmente, o utente faleceu a 2 de março de 2025, sem apoio e sem respostas. Só a 14 de abril a Unidade de Saúde informou que aguarda análise jurídica aos pedidos insistentes da família - para que outros casos sejam evitados.

E quanto ao e-mail enviado à Secretária Regional da Saúde a 10 de fevereiro, também continua sem resposta.







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