Sendo um projeto da anterior equipa, que concluiu em 2023 o restauro da ermida de São João mas teve de terminar as funções com a mudança do pároco, é também um dos primeiros passos a desenvolver pelos membros da nova comissão.
Neste sentido, tendo a Paróquia de Santa Cruz mais de uma dezena de edifícios para manter, estão a ser programadas atividades para angariação de fundos, podendo também a população contribuir com donativos, contatando a comissão ou os párocos.
A ermida de São Salvador, no Monte de Nossa Senhora da Ajuda, é a que está em pior situação ao nível de infiltrações. É a única da Ouvidoria da Ilha Graciosa em mau estado e com necessidade de obras urgentes, como prova o levantamento fotográfico de José Nascimento F. Ávila (FotoIrís Graciosa).
Construída entre 1709 e 1715, a ermida de São Salvador é a mais recente das três que foram erguidas no monte sobranceiro à Vila de Santa Cruz da Graciosa.
O primeiro documento que refere a existência da ermida de São Salvador é o memorial de visitação do Padre Cristóvão Furtado de Mendonça, vigário de Santa Luzia de Angra, datado de 19 de junho de 1715.
A investigação do Padre Vital Cordeiro (1921-2008) concluiu que a referida ermida foi mandada construir por Pedro Correia Picanço, Ouvidor Eclesiástico da Graciosa, no entanto, falecido em 1705. O brasão de família do Padre Pedro Correia Picanço foi colocado no teto da ermida, posteriormente retirado e destruído numa das intervenções de restauro anteriores a 1986.
Segundo o mesmo historiador, a imagem de São Salvador que ocupa o espaço central da capela é a primitiva e foi mandada restaurar pelo Padre Manuel Alvernaz Bettencourt, na década de 30 do século XX. Nessa altura foi trocada a cor da túnica de azul-marinho para branco.
Na mísula do lado esquerdo estava uma imagem de São José que pertenceu à igreja do antigo Convento de São Francisco e na mísula do lado direito existia uma imagem de Santa Maria Madalena que era invocada pelo povo como Nossa Senhora das Graças.
Uma tradição perdida...
A imagem da Senhora de Fátima da Matriz de Santa Cruz ia em procissão para a ermida de São Salvador no dia 13 de maio de cada ano, permanecendo no nicho central e regressando à Matriz no dia 13 de outubro.
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