PASTOR DA ESPERANÇA | Igreja dos Açores celebra missas de sufrágio pelo Papa Francisco

 




D. Armando Esteves Domingues presidiu, emocionado, à primeira missa de sufrágio pelo Papa Francisco, que teve lugar na tarde desta segunda-feira na Sé de Angra, revela o sítio Igreja Açores.

O prelado, que não conseguiu conter as lágrimas, partilhou com os fieis a última conversa que teve com o Papa em maio do ano passado, durante a Visita Ad Limina dos bispos portugueses.

“Creio que muitos líderes mundiais perderam uma referência, perderam alguém a quem olhar. Em maio passado estive com ele cerca de duas horas, mas depois, mais em privado, pedi-lhe uma bênção para os Açores e para os Açorianos. Sabia onde ficavam estas ilhas e deu-me a bênção para todos nós”, afirmou D. Armando Esteves Domingues.

O Bispo de Angra esteve acompanhado de alguns sacerdotes, sendo alguns conhecidos dos graciosenses, designadamente os padres Júlio Rocha, ex ouvidor da Graciosa e Dinis Silveira, ex. pároco da Luz e Guadalupe. O Vigário Episcopal José Júlio Rocha que presídio às cerimónias da Semana Santa na Graciosa também esteve presente.

D. Armando lembrou a coincidência do Papa ter partido depois de dar a Bênção ao Povo de Deus, na praça de São pedro em domingo de Páscoa e a oração que ele pediu a este mesmo povo no dia da sua eleição.

“Portou-se sempre como um pastor próximo” e as suas “primeiras palavras se não chocaram o mundo pelo menos avisaram-nos que algo de novo estava para acontecer: o primeiro jesuíta vindo do outro lado do mundo, com uma nova simplicidade na forma de ser igreja…Um estilo diferente que o acompanhou até ao fim; foi Papa até ao último segundo, igual a si próprio, ao encontro do seu povo”, disse ainda lembrando que a Igreja é isto “povo de Deus em caminho até à Páscoa de Deus”.

O bispo de Angra recordou alguns momentos do pontificado nomeadamente a ida a lampedusa, o diálogo inter religioso que promoveu, a preocupação social pelos mais frágeis, sinais que de que “Concílio Vaticano II lhe corria nas veias”.

“Este caminho iniciado pelo Papa não volta atrás”, porque “é a ação do Espírito Santo” afirmou o prelado diocesano.

“Numa linguagem nova, provocatória e cheia de esperança, deixou um rasto de misericórdia e humildade” disse ainda referindo às propostas de Francisco no campo da sinodalidade e do reconhecimento que ela é parte constitutiva da Igreja.

Esta terça-feira o bispo de Angra volta a celebrar pela alma e memória do Papa Francisco, mas em São José em Ponta Delgada onde decorre o Conselho Presbiteral.




NA GRACIOSA...


Os sinos da Graciosa assinalaram a partida do Sumo Pontífice.

O Padre João Paulo Brasil também celebrou a eucaristia na manhã desta segunda-feira no Lar de Santo Cristo, da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Graciosa, por intenção do Papa Francisco, lembrando as qualidades do "homem da esperança", que era admirado muito para além do mundo católico.



























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