Não é postura, é atitude!
Sem ser linguista nem gramático, custa-me ver maltratada a língua
portuguesa nos meios de comunicação social, e não só. São erros de ortografia e
pontapés na sintaxe a rodos. As causas e consequências são muitas e, num país
onde há mais telemóveis do que habitantes, basta ver o que se passa nas
desvairadas redes sociais… Quem não lê, fala mal e escreve pior. E, já se sabe:
a massificação do ensino e a subsequente baixa dos níveis de exigência que, não
raro, toca as raias do facilitismo, deu no que deu…
Seguidor atento da televisão, da
rádio e dos jornais, tenho vindo a colecionar fífias linguísticas, algumas das quais
já aqui partilhei com os prezados leitores.
Ó criaturas de Deus (principalmente
políticos, comentadores e jornalistas), consultai os dicionários (que ainda
devem existir por aí) e vereis que a semântica, tal como o algodão, não engana.
Em rigor, postura remete para:
a) deliberações
camarárias;
b) certa posição do corpo;
c) os ovos que as galinhas põem durante um
certo período.
“Não gosto da postura
deste governo”, disse um deputado da oposição da nossa praça. Supina asneira. Postura
deve aqui ser substituído por atitude: “Não gosto da atitude
deste governo”. Assim é que é.
A menos que, na frase acima referida,
se esteja a confundir governo com galinheiro…
Victor Rui Dores
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